Dezembro/1976 - Toninho Cury ainda era um fotógrafo amador. Para ele a fotografia era um delicioso hobby. Naquela época não gostava do fotojornalismo, mas os fatos pareciam persegui-lo. Foi assim que, ao voltar para casa depois de tirar algumas fotos para participar de um concurso, deparou-se com uma cena inusitada: um homem (vendedor de mel) descontrolado, atacando com uma "peixeira" o delegado de polícia, bem em frente a delegacia. Imediatamente Toninho parou o carro e desceu com sua Nikon F2-AS nas mãos. Apertou o disparador da máquina duas vezes e o filme acabou. Rapidamente colocou novo filme e tirou mais nove chapas. O resultado? Uma história com mais de trinta anos registrada e contada em imagens. O material foi capa do jornal DIA E NOITE, de São José do Rio Preto, na edição de 29 de Dezembro de 1976.
Não era a primeira vez que Toninho Cury era surpreendido pelo fotojornalismo. Três anos antes, em 1973, quando viajava com a banda Apocalipse para fazer um baile em Comendador Gomes, Minas Gerais, resolveu parar na ponte Mendonça Lima para fazer fotos do Rio Grande. Naquele momento um rapaz se preparava para dar um audacioso mergulho de cima da ponte. Toninho achou que daria uma bela foto. O rapaz saltou e nunca mais voltou. Morreu.