Por Toninho Cury
Antes da “Cica”, ”Peixe” e outras grandes indústrias no setor alimentício, Monte Alto dominou toda região com o pioneirismo das “Indústrias Crai”, fundada pelo comendador Constantino Castro Ribeiro, irmão de Izildinha. “Crai”, era a abreviação de “Castro Ribeiro Agro Industrial S/A” . Projeto arrojado do jovem engenheiro montealtense Antonio Mazza, a indústria levou um ano para ser concluída. Mazza conseguiu colocar em funcionamento no dia 29 da Janeiro de 1944, a obra tão sonhada por Castro Ribeiro e a esposa Rosinha. Naquela data, foram fabricados e embalados os primeiros produtos. As mãos dos funcionários treinadas pelo comendador, experiente na área, já que tinha uma outra indústria em São Paulo, faziam desde bolachas até dobradinha, além de fabricar suas embalagens em latas e madeiras. Em períodos de safras, a Crai chegava a empregar mais de 1.000 funcionários, não só da cidade, como também de outras vizinhas e de áreas rurais.
Alguns produtos industrializados por Castro Ribeiro:
-Extrato de tomate Crai
-Arrozavena(combinado de farinha de arroz e aveia fina)
-Dobradinha Crai (pronta para consumo)
-Bananada
-Goiabada
-Doce de mamão
-Doce de damasco
-Canja Crai (pronta e temperada)
-Grão de Bico Crai(temperado para deguste)
-Combine (energético de cacau,aveia e açúcar)
-Bolachas, doces de frutas de épocas e muitos outros.
Mesmo depois que Castro Ribeiro fechou e vendeu a indústria, as iniciais de seu nome (CRAI), foram mantidas por um de seus compradores, CALIL, utilizando assim a marca por muitos anos.
Hoje, onde funcionava as “Indústrias Crai”, é uma grande loja de materiais para construções. Atualmente seus pavilhões ainda estão em ótimo estado. Todos com as mesmas características dos anos 40. Em frente, está o mausoléu da menina Izildinha e o busto de Dona Rosinha, guardiãs da Crai e de todos montealtenses.(TC)