Por Toninho Cury
No dia 25 de Janeiro de 2014, a cidade de São José do Rio Preto, SP, foi escolhida pela “Virgem Maria”, para uma aparição.
O local privilegiado, foi o “Centro Regional de Eventos”. O horário, às 19h30.
Estive lá fotografando e relato o que vi e publico as fotos.
Cheguei por volta das 19h00. Fui direto me apresentar à responsável pelo credenciamento, a Sra. Regina Celli. Muito simpática, me recebeu com um grande sorriso. Após a confecção do crachá, fui levado ao reservado para a imprensa, onde me encontrei com os repórteres do jornal “Diário da Região”.
Após medir a luz e calibrar meu equipamento fotográfico, “mãos às obras”.
Tenho de costume em eventos que fogem de meu conhecimento, analisar minuciosamente o ambiente antes de fotografar. Neste caso, não sabia por onde e como começar a registrar as primeiras imagens, afinal, “fotografar uma energia” que estaria presente, a “Mãe de Jesus”, era uma tarefa inédita e nada fácil.
Depois de uns quinze, vinte minutos, conversei com algumas pessoas e vi que sua aparição seria apenas para três monges videntes que, simultaneamente, traduziriam Suas palavras à nós mortais. Aí que complicou. Por onde, como e de que forma iniciar uma linguagem fotográfica, qual linha de olhar a ser tomada?
Peguei o caminho de sempre em atos de fé, o caminho da expressão, da emoção e da dor. Coisas que não faltaram naquele dia.
Presentes, gente de toda parte da região e até de outros estados. Crianças, jovens, velhos e enfermos, todos, em busca de uma resposta às suas dores ou agradecimentos às graças alcançadas.
O INÍCIO :
Havia por lá, um grande número de monges da “Ordem Religiosa da Graça Misericórdia”, organizadora do evento. Esta ordem, é cristã, ecumênica e de vida consagrada. Não há vinculação alguma com a Igreja Católica. Tem sua sede em Minas Gerais, na cidade de Carmo de Cachoeira. Enfim, tem vida própria.
Houve reza do rosário, louvações à Nossa Senhora e músicas comumente tocadas em rituais católicos. Aos menos informados, “foi um culto Católico Apostólico Romano, celebrado por franciscanos”.
Os cantores e os músicos, todos monges, eram de talento invejável. As músicas escolhidas e tocadas em volume baixo, ajudou a preparar o ambiente para receber a mensagem da “Virgem Maria”. Idem à iluminação, instalação das caixas acústicas e posicionamento das câmeras de tv. Tudo muito profissional.
No palco montado na quadra de esportes, havia um painel enorme com a imagem da “Virgem”.
Atrás do palco, tinha um staff de tradutores, computadores e toda parafernália digital, transmitindo o evento ao vivo, via internet a vários países.
O ponto alto do culto, foi quando apagaram as luzes e as vela foram acesas. O silêncio que já era presente desde o início, coisa rara em grandes concentrações, foi mais intensificado quando entraram os três monges para transmitir a mensagem da “Santa”.
Momentos antes da mensagem enviada pela “Virgem Maria” aos rio-pretenses, um monge cantou a música “Nossa Senhora” de Roberto Carlos. Foi de uma interpretação fantástica. Apenas voz e violão. Em seguida, veio a mensagem, recheada de esperança e fé.
Foi uma celebração ecumênica, onde pessoas de diversas religiões cristãs e não cristãs compartilharam devoções à “Virgem Maria”.
Alguns comentários ouvi ao sair do ginásio, como, “eu senti a presença de Nossa Senhora”, “a Virgem me tocou”, “Pôxa! embora estivesse muito quente lá no ginásio, a hora que acendi a vela, senti uma brisa em meu rosto e em minhas mãos e em algum momento, senti até um frio”.
Finalizando, foi mais uma bela experiência em fotografar esse povo de fé.