Por Toninho Cury
Foi realizada no último dia 08 de Outubro, durante a “50ª Exposição Agropecuária de Rio Preto” a “Queima do Alho”.
A “Queima do Alho” é um resgate da tradição boiadeira, quando as boiadas eram transportadas por estradas de terra, conduzidas por peões a cavalo e acompanhados por carros de boi. Durante as viagens, os peões cozinhavam em fogões improvisados no chão.
O prato quase sempre era: arroz de carreteiro, feijão gordo tropeiro, carne seca, paio, lingüiça e churrasco. O principal tempero era o alho e algumas pimentas.
O que sobrava, virava paçoca. Cozinhava-se o resto da carne em gordura de porco, por alguns minutos. Após o cozimento, coava-se a gordura e acrescentava-se farinha de mandioca, de milho e amendoim. Já tudo em um pilão de madeira, socava-se até virar farelo. Estava pronto para consumir, como “lanche” no intervalo das refeições.
O termo “soca da festa” é a abreviação popular para a paçoca dos tropeiros. Os restos dos alimentos preparados para o consumo posterior.
Hoje, a “Queima do Alho”, além de resgatar a memória de nosso povo, é também um concurso culinário com regras próprias, onde o maior premiado é o cozinheiro. Uma das regras, é manter o improvisado fogão à lenha, o mínimo possível distante do solo.