A palavra romaria tem origem em Roma, principal centro de peregrinação católica do mundo:  pessoas em oração à caminho de Roma, pagando ou pedindo graças.
A arte de orar depende de cada um de nós.
Uns oram em voz alta, outros, em baixa voz.
O silêncio e a meditação são outras formas de orar.
O importante é ter fé. Todos que as tem, de uma forma ou de outra, conseguem o que muitas vezes a medicina e as leis dos homens não conseguem.
A Roma de todos nós, católicos brasileiros, é o Santuário de Aparecida.
Lá, a arte da romaria está sempre presente, nos 365 dias do ano.
O romeiro sempre carrega uma bandeira ostentando o santo em devoção. Um cajado de madeira, um chapéu, uma mochila e um cantil de água, hoje substituído pelas garrafas pets de água mineral, são outros utensílios do romeiro.
Neste meu “Diário de Viagem”, o personagem principal é o garoto Renan Junior Pinheiro.
Poderia ter sido uma outra pessoa. Naquela Sexta feira, vários devotos chegavam a cavalo, a pé ou de ônibus no Santuário. Mas, o destino escolheu o Renan para estar presente neste espaço.
Sua história, como de milhares de brasileiros, começou em um simples acidente de trânsito. Foi no ano de 2010.
Renan, na época, na vitalidade de seus 19 anos, estava na garupa de uma moto em sua cidade, Nazareth Paulista. De repente, o choque. Renan foi ao asfalto. Seu coração parou várias vezes e chegou ao hospital, praticamente sem esperanças de vida.
Sua família e os amigos, vendo a gravidade de seu quadro de saúde e os recursos da medicina sendo esgotados, apelaram à Nossa Senhora Aparecida.
Foram ouvidos.
Renan recuperou-se. Anda, fala e, em breve irá voltar a estudar. Aos poucos, vai voltando à vida normal.
“Questão de tempo”, dizem seus 34 amigos e parentes, que foram a pé de Nazareth Paulista à Aparecida.
Foram duzentos e cinco quilômetros de oração e devoção pela boa recuperação do Renan.
Na chegada, a recompensa de todos: o sorriso do Renan empunhando a bandeira da Padroeira.
Para você Renan, um grande abraço e uma rápida recuperação!
 
Toninho Cury