Publicado quinta-feira, 18 de setembro de 2014
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Junho de 1978. Eu cursava laboratório fotográfico na “ Escola Imagem e Ação” e óptica/lentes, no “Foto Cine Clube Bandeirante”, ambos em São Paulo. Era “cansativo”, mas era bom. Fazia com muito prazer pois era o que gostava. Estes módulos, fiz durante seis meses. Saia de Rio Preto, às sextas-feiras às 22 horas de trem da “FEPASA” e chegava cedinho em São Paulo.
Em uma dessas viagens, comprei, de “segunda mão”, uma teleobjetiva original da “Nikon”, de 500 milímetros. Era interessante e até rara na época, por ser uma lente espelhada. Isso quer dizer, que apesar de potente, era pequena no tamanho.
Ao chegar em Rio Preto, fui até a praça da igreja da Maceno testa-la. Me posicionei no meio da Rua Bernardino e foquei o centro da cidade. Saiu essa foto.
Como se vê, não havia o “calçadão” e o trânsito fluía livremente por toda extensão da rua. No canto direito, está o coreto elevado do palacete da “Casa Rignani”, mais à frente, o “Grande Hotel”. Ao lado esquerdo, a tradicional placa arredondada e desbotada, de propaganda de açúcar do “Dias Martins”. Mais à frente, as árvores da Praça Dom José Marcondes.
O efeito das teleobjetivas potentes, são o “achatamento” da imagem e a inclusão de tudo que está à sua frente. Assim, com a “perda” da noção de distância, devido a sua grande distância focal, muitas quadras e ruas ficam literalmente “coladas".
No caso dessa foto, seu plano de enquadramento e alcance, vai da Rua Pedro Amaral à Rua Independência.
Escaneei o negativo integral e nenhum corte foi feito.
Câmera: Nikon F2 AS
Lente: Nikkor 500mm f.8
Filme: Ilford ASA 400
Junho de 1978