Publicado segunda-feira, 8 de junho de 2015
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Até antes da construção do “calçadão” de Rio Preto, SP, no início dos anos 80, suas três principais praças centrais, Rui Barbosa, São José e Dom José Marcondes, tinham estacionamentos anexos, calçados com pedras (paralelepípedos).
Na época, estacionar por lá, era muito fácil. Sem o calçadão e com as ruas centrais livres para circulação de veículos, todos tinham o luxo em escolher vagas.
Além de um número de carros bem menor que os atuais, era possível estacionar em ambos os lados das ruas. O estacionamento das “pedras”, vivia “vazio”.
Pois bem, sem empecilhos, “zona azul” ou multas, as vagas das “pedras", transformaram-se em espaços para comercializar veículos informalmente. Isto é, compra e venda diretas entre comprador e vendedor, sem intermediário ou comissão. “Veículo pra lá, dinheiro pra cá” e pronto !
As “pedras” eram as “vitrines” dos veículos de “segunda mão”.
Ficavam expostos o dia todo. Este costume, segundo os “antigos”, teve início pelos anos 50 e foi até a construção do “calçadão”.
Nas três praças o comércio era comum, mas, era na Dom José Marcondes que o comércio “fervia".
Os tempos passaram e as “pedras” mudaram de lugar. Está abaixo do “Viaduto João 23”, mais conhecido por “Jordão Reis”, nos fundos da sede do “Palestra E.C.”, onde, nos finais de semana, o comércio de veículos é enorme. Mesmo sem os paralelepípedos, o local continua sendo chamado por “pedras”.
Estive de “bike” por lá nesse início de Junho e achei interessante a arte do grafite sob a base do viaduto. Fiz esta foto colocando em sua composição na parte de baixo, dois bancos. Já, na parte cima, deixei um bom espaço ao “Jordão Reis”, para vocês sentirem a dimensão do tamanho da pintura. De fato, uma grande obra de “arte de rua”. O comércio de veículos, pouco me interessou e sim o flagrante, o momento solitário de um lugar movimentado apenas nos finais de semana.
Gostei do resultado e compartilho com vocês mais esta experiência fotográfica pelas ruas da cidade.