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O "jogo do século" dos jovens rio-pretenses

Publicado quarta-feira, 26 de agosto de 2015

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A história é interessante.

No ano de 1976, não contentes com a vida noturna de Rio Preto, SP, alguns jovens da “high society”, se “rebelaram” contra seus pais. Deixaram de freqüentar os clubes que eram sócios, na época, uma das únicas opções de lazer.

Depois de muito implorarem para que seus pais reivindicassem às diretorias dos clubes para que mudassem as músicas das boates por “disc”, um ritmo pré “bate estacas” e, devido a negativa de alguns pais e também de diretores dos clubes, partiram para o “pau”. Arrendaram o último andar do “Clube Sírio-Libanês”, até então desativado e fizeram uma boate dentro de seus gostos.

Me lembro bem de sua primeira diretoria formada pelo jovem estudante Paulinho Carneiro, filho de tradicional médico, dr. Paulo, como presidente e seu vice, o também estudante, o jovem Precival Homsi, filho do “Peixão”, o maior enxadrista que Rio Preto já teve.

Deu tudo certo. Sucesso total!

Depois da meia noite suas portas eram fechadas, pois não havia mais espaço. Botaram até um apelido na boate: “Inferno na Torre”, filme “catastrófico” de grande sucesso nos anos 70.

Mas a “birra” não ficou apenas na música. Com o sucesso, partiram ao “ataque” também no esporte. Montaram um “timaço” de basquete e desafiaram o time do “Rio Preto Automóvel Clube” para um jogo, que denominaram como “o jogo do século”.

Fui lá fotografar. Tinha banda do “17º Batalhão”, o batuque do Edmur Domingues e do Titica e torcida organizada. Também presente, o “Jornal Dia e Noite”, que publicou algumas de minhas fotos.

O curioso foi que os pais dos atletas “rebelados”, também estavam presentes.

Foi tudo uma festa. O “Sírio” ganhou do “Automóvel”, até então imbatível.

Final da história. O bombeiro caçou o alvará do funcionamento da boate dos “rebeldes” e as boates dos clubes mudaram seus repertórios para o “disc”.

A foto postada é do time do "Sírio-Libanês".

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