Publicado quinta-feira, 15 de outubro de 2015
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Nessas minhas andanças por este mundo afora muitas vezes me deparei com pessoas felizes fazendo o que gostam e de formas peculiares.
Caso dos indiozinhos, da etnia “Guaranis” do “Rio Silveira”, que brincavam com ossinhos de galinha como se fossem pequenos personagens de seus mundos encantados.
Outros, como filhos de pescadores do “Velho Chico”, que colecionavam latinhas coloridas de refrigerantes e cervejas, com o maior zelo e carinho formando “exércitos” imaginários.
No sul do país, um grupo de senhores “gaiteiros”, que se reuniam nos finais de semanas para restaurar os foles e teclas de suas gaitas, além de troca de experiências sobre seus velhos e mimados instrumentos.
Assim, nestes 45 anos de fotografia e mais de 50 somados à música, tocando nos “bailes da vida”, faço uma coleção na memória e nos negativos. A “mania” vem aumentando a cada “aventura” vivenciada sob um olhar atento.
A foto postada, é um exemplo de dois amigos que abraçaram a felicidade através de um velho “fordinho”.
A cena aconteceu em Março de 2003, em Rio Preto, SP, durante o “II Encontro de Antigomobilismo”.
O homem no banco da frente, é o senhor Miguel Neves, colecionador e restaurador. O do banco de trás, o senhor Osvaldo Bauch, um mecânico “à moda antiga”.
Fiquei durante uma hora observando a dupla apaixonada pelo “Fordinho 1919”, desde a calibragem do motor, que fizeram “de ouvido”, como se estivessem afinando um instrumento musical, sem aparelho ou “diapasão” algum, até a subida no veículo.
Depois de tudo pronto, ficaram felizes com o som “toc, toc, toc...” patente do “fordinho”.
Desde que revelei o negativo, intitulei a foto de “amigos para sempre”, pois o Miguel, o Osvaldo e o “Fordinho 1919”, formaram um perfeito trio inseparável.