Publicado quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
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É lamentável para os rio-pretenses, o que a atual administração e seus assessores estão fazendo com o histórico e lendário córrego Borá, patrimônio vivo de todos nós.
Se não bastassem as péssimas administrações anteriores que ignoraram os apelos de técnicos, ecologistas e população, no tocante às agressões feitas nas nascentes do Borá, como também, as omissões do Ministério Público e da Polícia Ambiental, o que culminou em uma praça e uma pista até a BR 153, sobre as nascentes do rio. Tudo foi feito conforme o planejado. As obras concluídas de acordo com projetos originais. O rio, por lá, morreu e ninguém foi enquadrado ou preso por crime ambiental.
Agora, seguindo os mesmos passos do passado, os governantes atuais vêm a público com a “desculpa” de construção de piscinão para evitar enchentes, derrubando árvores e matando as nascentes ainda intactas.
Se tivesse havido bom senso de políticos anteriores, não haveria grandes loteamentos às margens e na parte de cima do Borá, precavendo para os dias atuais as impermeabilizações existentes e consequentemente, as grandes enxurradas e enchentes. Mas, infelizmente, o dinheiro e grandes interesses comerciais, falam mais alto.
Com tal obra, em pouco tempo não só o Borá morrerá, como também toda sua riquíssima fauna e flora.
Mais uma vez, tudo está sendo feito na surdina. Parece que pegaram “carona” nas tragédias das enchentes para driblar o povo de um debate tão importante que é a vida do córrego Borá.
Enquanto o silêncio prevalece, os “caçadores” de nhambus e pescadores de lambaris vão presos. Quase sempre usados como notícias de emissoras de televisão em rede nacional e em tempo real.
Isso, realmente, é uma vergonha nacional !
Toninho Cury