Publicado quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
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Com experiência de 41 anos registrando a evolução e os acontecimentos de Rio Preto, sempre sou questionado sobre o motivo de qualquer chuva de média intensidade, formar enxurradas de mais de metro de altura nas proximidades do “Mc Donald’s“, na Avenida Alberto Andaló, arrastando carros e causando pavor àqueles que por lá transitam.
Embora leigo em hidráulica, tenho experiência própria e opinião formada sobre o assunto.
Para isso, volto no tempo, precisamente, em meados dos anos 60, quando cursava o ginasial no Colégio São José.
Entrava às 07h20 e saía às 17h30. Tempo suficiente para gravar na memória, grandes lembranças.
Naquela época, a rodovia Washington Luis, que não era duplicada, ficava no mesmo plano do colégio. Cruzava em nível com muitas ruas, inclusive, a Bernardino de Campos e Av. Brigadeiro Faria Lima.
Com a iminência de atropelamentos, os padres Agostinianos do Colégio São José, construíram uma passagem subterrânea, evitando assim, acidentes com seus alunos.
Veio a evolução.
Nos anos 70, duplicaram a rodovia. Uma obra importante para a cidade. Foram feitos dois viadutos. Um sobre a Avenida Alberto Andaló, outro sobre a Avenida Bady Bassitt.
A obra de arte viária, rebaixou a rodovia em mais de 8 metros.
O Colégio São José, que antes ficava no mesmo plano da via, ficou no alto.
Mexeram na topografia da cidade, sem estudo algum em relação às águas das chuvas e suas conseqüências desastrosas.
A Washington Luís, tornou-se um leito seco de rio. Um verdadeiro buraco impermeável jogando toda água da chuva na avenida.
Quando chove, toda água da rodovia, marginais e Avenidas Potirendaba e Brigadeiro Faria Lima, vão em direção à bacia onde está o “Mc Donald’s”, causando enxurradas com velocidades incríveis.
Portanto, mesmo com a construção dos piscinões na Avenida Alberto Andaló e as obras na calha do Rio Preto, na Philadelpho, a solução das enchentes na região central será paliativa.
Os alagamentos na bacia do “Mc Donald’s” irão continuar.
Por lá, a tendência é piorar ano a ano.
Perdoem-me! Reitero, é uma opinião particular de um leigo que vivenciou toda evolução dos últimos 50 anos no local.
Toninho Cury