Publicado quinta-feira, 17 de maio de 2012
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Uma nova roupagem da engenharia e arquitetura tem tomado a área central de Rio Preto. Quando da demolição da velha Catedral, a cidade tomou o primeiro impacto, com a destruição de seu principal patrimônio.
Os anos se passaram e, tempos depois, veio abaixo a antiga Agência do Banco do Commércio e Indústria de São Paulo, dando lugar a Agência do Bradesco; também veio abaixo a Casa Rignani, que hoje abriga a Casas Bahia, ambas situadas na Praça Dom José Marcondes.
Durante alguns anos, houve uma “paradeira” nas demolições no centro da cidade. Casos isolados aconteceram: a demolição da mansão da família Sestini e quase que desapercebida, a demolição da residência de Avelina Diniz, entre outras de muita importância para a história da cidade.
Hoje, são poucas as edificações históricas ou de famílias tradicionais no centro. Apenas uns barracões ou velhas casas.
Um novo ciclo inicia no centro de Rio Preto, onde a indústria de pré fabricados predomina. São vigas gigantescas, blocos imensos e guindastes monstruosos. Com essa parafernália toda, a cidade é tomada por grandes lojas e magazines.
Na foto acima, a gigantesca “Torra torra”, uma obra muito bonita, está assentada onde outrora abrigou a empresa de Germano Sestini, a Ford Rio Preto. Nos andares superiores, funcionava o Palace Hotel, um luxo quando da existência da EFA - Estrada de Ferro Araraquarense.
Na confluência das ruas Prudente de Moraes com Coronel Spínola de Castro, barracões que abrigavam comércio de roupas e de secos e molhados nos anos 40 e 50, deram lugar a uma outra loja imponente, a Têxtil Abril.
Não diferente ao destino das edificações do passado, o barracão que abrigava a Officina Moysés e a primeira representante da Goodyear e Chevrolet da cidade, onde estavam incrustadas propagandas, em concreto, há mais de 70 anos - mesmo local onde, posteriormente, funcionou o frigorífico Bandeirantes - também foi demolido. Este imóvel, estava localizado na confluência das ruas Marechal Deodoro com Benjamin Constant. Dizem, que no local será erguida mais uma Agência da Caixa Econômica Federal.
Assim termina o ciclo das construções do tijolo de barro entrando para um novo: o concreto armado.
Será a revitalização do centro?
Toninho Cury