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Descarte da vinhaça, um câncer no meio ambiente

Publicado segunda-feira, 5 de novembro de 2012

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É um absurdo o que vem ocorrendo nos canaviais das regiões de José Bonifácio, Planalto, Zacarias e Buritama, todas no estado de São Paulo.

O uso indiscriminado da vinhaça na irrigação dos canaviais está formando criadouros de uma mosca nociva ao meio ambiente, a maléfica “mosca da cana”.

Uma praga àqueles que vivem da criação de gado de corte e leiteiro.

Aos que não conhecem, é aquela irrigação de cor esverdeada no meio dos canaviais. Aquilo, é um “lixo de usina” sendo descartado no meio ambiente.

A vista grossa das autoridades e o descaso dos usineiros em relação ao controle do uso abusivo da vinhaça, está colocando nosso ecossistema em alerta em toda região anteriormente descrita.

As moscas atacam desde gado até animais de estimação como cães e gatos.

Para se defenderem das picadas, os bichos batem-se. Não se alimentam. Não se hidratam. É um caos. Os locais das picadas, muitas vezes tem de ser extirpados. Caso de orelhas, rabos e até testículos. Isso, quando os animais não morrem pelo sofrimento.

Já dizem no meio rural que “pior que a seca é a mosca da cana”.

Sem falar, que muitas cisternas que abastecem algumas propriedades, já estão com suas águas com gosto de garapa. Isso quer dizer, que os primeiros veios d’água já foram alcançados pela vinhaça.

Se de um lado o álcool é menos poluente para o ar, de outro, para produzi-lo sem fiscalização, é um grande risco a todo ser vivo.

A foto retrata uma poça de vinhaça, um criadouro da mosca da cana.

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