Publicado quinta-feira, 25 de abril de 2013
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De tempos em tempos as gerações recebem nomes.
Por volta de 1960, tivemos a geração “paz e amor”. Seus adeptos eram os hippies. Contestavam contra a guerra no Vietnã. Tinham um lema: “faça amor, não faça guerra”. Apesar de um movimento considerado “contracultura”, tinha uma finalidade de muito valor, a não violência e o fim de uma guerra.
Entre outros movimentos e gerações importantes, destaco a geração dos “cara pintadas”. Jovens que saíram às ruas do país, com seus rostos pintados, no início dos anos 1990, pedindo o “impeachment” do então presidente Fernando Collor de Mello. O movimento tinha como finalidade combater a corrupção no governo.
Atualmente vivenciamos a geração do “crack”. Sem objetivos a única certeza é de vida curta. Seus adeptos são conhecidos como “nóias”.
É muito triste, ver jovens ignorando os perigos mortais da maldita droga. Seus corpos são expostos além dos limites da miséria. “Apodrecem” nas ruas, calçadas e imóveis abandonados. Perdem a fé, a paz e o amor a si e ao próximo. Ficam sem rumo no dia a dia. O deus desta geração, é uma pedra de crack, um cachimbo caseiro, uma folha de papelão e uma garrafa pet de água.
Lamentavelmente, o efeito de destruição é grande. Não só destroi o usuário, como também, todos seus familiares.
É a praga, o câncer de nosso século.
A foto postada retrata o real, que é um jovem se drogando, e o irreal, que é um personagem criado em um muro qualquer na cidade. Ambos levam com si um mesmo destino: desbotar suas vidas sob o mesmo teto.
Toninho Cury