Publicado quinta-feira, 18 de julho de 2013
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“Uma câmera na mão, uma ideia na cabeça”. Esse era o lema dos cineastas dos anos 70. Depois surgiu, o “cinema verdade”, etc.
Na fotografia de rua, que “esquentou”, também nos anos 70, bastava uma câmera fotográfica com uma objetiva de 50 milímetros, e um pouco de coragem, para obter uma imagem com enquadramento, foco, composição e uma tonalidade diferente para ser considerada uma foto razoável ou boa. O lema era: “Não tenha medo, aperte o botão!
Existiam filmes em preto e branco com velocidades (ISO), 25, 32, 100, 125 e 400 ASA. Posteriormente, a nomenclatura ASA deu lugar à ISO.
Hoje, com as câmeras digitais, os filmes fotográficos estão cada vez mais raros no mercado.
Aos amantes da boa foto em preto e branco, vai um conselho para continuar fotografando na rua: saia com uma câmera digital, mas pense e observe como se estivesse com uma câmera analógica com filme em preto e branco.
Não é necessário equipamentos sofisticados.
Quanto menor a câmera em punho, melhor chance em conseguir bons flagrantes. O equipamento grande ou profissional, chama a atenção e daí em diante, o fotógrafo torna-se alvo do local.
Nas câmeras simples, existe uma regulagem só para fotos em preto e branco. Tente fotografar dessa maneira. Você irá se surpreender.
Nunca fique muito tempo parado para enquadrar ou regular a câmera. Seja o mais discreto possível. Faça a foto e saia do local.
Evite olhar no visor para checar o resultado. É perda de tempo e dispersão do olhar.
Sente em bancos, encoste em árvores, etc. Espere acontecer a cena. A paciência faz as coisas acontecerem.
Se possível, camufle a câmera com as mãos, entre as pernas, debaixo de blusa, casaco... Evite deixar a vista de curiosos.
Se não for possível, disfarce que está limpando o visor, etc. Mas não deixe transparecer que você está estudando ângulos ou fotografando.
O importante, é sempre estar em lugar seguro e com certo movimento de pessoas. Evite locais perigosos e de pouca movimentação.
A foto ilustrativa, foi feita com uma câmera compacta. O local é praça Rui Barbosa de Rio Preto-SP.
Só caprichei no enquadramento e visualizei como seria a imagem em preto e branco antes de clicar.
Vi dois bancos paralelos e um homem sentado do lado direito. Esse homem, dá um equilíbrio na composição, quebrando a simetria de dois objetos. O elemento humano, muitas vezes, é importante entre objetos repetitivos.
O branco ao fundo, é a água da fonte ligada. Mais no fundo, do lado esquerdo, duas mulheres conversam. Essa imagem, valoriza muito os dois bancos pois, nos dá uma dualidade de composição no quadro. Primeiro plano, dois bancos; segundo plano, ao fundo, duas mulheres.
Finalizando, como os bancos estão muito fortes em primeiro plano e a foto é horizontal, nos dá a impressão de uma foto “esticada”. Pura ilusão de ótica. Para “quebrar” essa leitura e harmonizar mais o quadro, enquadrei as árvores e o poste (linhas verticais).
Boas fotos ! ! !