Publicado quarta-feira, 31 de julho de 2013
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Perder um ente querido é muito triste. Perder um amigo do naipe de “Caluta”, não só é doído, como será difícil em aceitar.
Para quem não o conheceu, era um homem pobre, culto e sincero. Morava só com seu cachorro em uma velha casinha no centro de Rio Preto, entre pilhas de livros e discos doados por amigos.
Homem de fé, sempre fez o bem. Massagista conhecido no meio do esporte, era aposentado por invalidez, após perder uma vista em um acidente de carro. Mesmo assim, não parou de “curar” as pessoas, principalmente as mais carentes. Sempre com uma bolsa de massagem em mãos, estava lá o amigo “Caluta”, ajudando gratuitamente, aqueles excluídos do “SUS” ou coisa parecida.
Foi grande amigo de fé. Era devoto do Bom Jesus dos Castores. Há mais de 30 anos, meu companheiro nas romarias da madrugada àquele Santuário. Após ter sofrido problemas cardíacos, “Caluta” deixou de ir a pé ao Santuário, continuou sendo grande parceiro nas missas e procissão do dia 6 de Agosto. Já era de praxe, nesse dia, após o almoço, passar na casa do "Caluta" e seguirmos aos "Castores".
De fato, um "amigaço". Um dos poucos confidentes que tive em toda minha vida.
Na foto, "Caluta" faz uma prece às margens do cruzeiro do Bom Jesus. Obviamente, já está junto a Ele olhando e orando por nós.
Não tenho palavras para finalizar o texto. Finalizo com um velho ditado “taoísta”, cujo mestre me foge a memória, que resume a forma em que viveu “Caluta” durante seus 66 anos: “ Nada tenho mas tudo que tenho lhe pertence”.
Toninho Cury